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VIAGENS DE ANTONIO MIRANDA PELO MUNDO

Foto: www.tripadvisor.com.br

JAPÃO  - CULTURA MILENAR
04-05-1990


Tóquio é uma cidade plana, extensa, densamente povoada.
Foi terrivelmente castigada durante a 2ª. Guerra Mundial, parcialmente arrasada. Em seguida, pacientemente reconstruída com prédio baixos, escorados uns aos outros, de má qualidade, antes do  “boom” econômico que transformou o país de terra falida em potência mundial.
Gente gentil, moderna e tradicionalista — um equilíbrio perfeito entre a cultura milenar do Oriente e o pragmatismo do Ocidente.
Terra de yuppies, espécie de cartagineses dos tempos atuais, com seus ternos discretos e pastas executivas.
Estive apenas cinco dias, em 1983, confinado quase todo o tempo no centro de convenções em que acontecia o seminário da UNESCO. Mas houve tempo para andar pelos jardins do Palácio do Hiroito, o velho Imperador. Para ir a templos e teatros, a museus e a compras na avenida Ginza, no centro turístico da velha cidade. Ao longe avistavam-se os primeiros grandes espigões de vidro fumê, sinais da prosperidade.

O metrô estava sempre repleto, entupido. Nos trechos ao ar livre dava para enxergar aquela enormidade de casas de madeira, de sobradinhos toscos, de casarios apinhados. Terreno deve ser o bem mais cobiçado da população. Cabe a cada habitante um espaço mínimo.  
Na TV os programas de auditório. Os restaurantes com réplicas perfeitas dos pratos em oferta, feitos de fibras de acrílico, facilitam a escolha dos turistas.
Poucos estrangeiros vivem por lá. O país deve ter leis muito rigorosas de ingresso. Uma raça disciplinada, ordeira, aparentemente hospitaleira, sorridente mas reservada. Certamente muito herméticos em seus costumes, com um mínimo de miscigenação com outras raças.
Os idosos muito considerados, reverenciados. Os jovens engenheiros tratavam nosso anfitrião — Dr. Fujiwara, um dos vice-presidentes da Federação Internacional de Documentação com uma atenção extremamente polida, quase servil. Falavam suavemente, postavam-se como que em prontidão e ouviam com atenção esmerada.

O ponto máximo do encontro foi uma recepção em uma tradicional casa de chá. Ficava em algum subúrbio distante, ao qual chegamos de trem. Entrava-se por um luxuoso e imenso centro de lazer, como executivos, toda uma infra-estrutura sofisticada e moderna, culminando em uma ampla área em forma de terraço, ou miradouro, descortinando-se, abaixo, um parque com suas antigas árvores e a terra da “pagoda” medieval. O velho templo budista ficou bem abaixo, em meio à suave vegetação do jardim (do século XI), ornado com flores. Em seguida — se não falha a memória — havia um pequeno lago, com cisnes, e duas toscas e centenárias casas de chá.
A comida era apresentada em minúsculas peças de cerâmica fina ou de madeira, acompanhada de saquê, pelas gueixas, ao som de instrumentos musicais tradicionais.
O ritual era lento, sem pressa. Cada comida, cada especiaria era uma miniatura de arte, em cor, em arranjo, em beleza, em fragrância. De esquisitice única, sofisticada, requintada.

Não houve tempo para realizar os célebres passeios a Nara e Kyoto, ou para andar no “trem bala”. Contentamo-nos com a ida ao templo de Asakusa, também conhecido como Senso-Ji, é o templo budista mais antigo de Tóquio, dedicado a Kannon, a bodhisattva da compaixão, e possui um significado religioso importante para os japoneses. A entrada do templo é marcada pelo famoso portão Kaminarimon, com sua lanterna vermelha gigante e esculturas de deuses do trovão e do vento. O templo está no parque onde fica o castelo do imperador, dos célebres espetáculos de Teatro Kabuki, e outras tipicidades para os turistas. Tudo limpo, bem organizado, no horário programado e a preços elevados.

Dizem que o melhor do Japão está no interior, onde o típico é real e não em aparência de museu.
De volta para o distante aeroporto de Narita nem dá para ver muito porque a autopista é emparedada, feita  com a máxima segurança e celeridade.
Aquela imagem de cartão-postal com gueixas e cerejeiras em flor só mesmo nas papelarias, na fantasia do turista.  
O que se vê da autopista são as fábricas e as construções em série, típicas de todos os subúrbios do mundo.


 

 

 
 
 
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